quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Governo do Estado e líderes grevistas ainda não entraram em acordo

A greve da Polícia Militar na Bahia entra no seu nono dia nesta quinta-feira (9). Na terça-feira (7), o governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner, e os líderes do movimento grevista da corporação fizeram uma reunião para decidir os rumos da paralisação, mas, após sete horas de tentativa de acordo, nada foi resolvido.

De acordo com o departamento de comunicação da corporação, não há data para uma nova tentativa de acordo. Segundo a assessoria de imprensa do governador, Wagner se reuniu com representantes da Polícia Militar para apresentar propostas, como aumento de 6,5% de salário, mais uma gratificação por trabalho policial gradativa até 2014.

O governo ainda informou que não tem condições de assumir estes aumentos imediatamente. 

A assessoria ainda disse que a questão da anistia aos profissionais que aderiram à greve é o grande impasse nas negociações, já que nenhum dos lados quer ceder. Porém, as negociações com as associações de policiais militares estão avançando e, por isso, há a expectativa do fim da greve. 

Houve uma negociação na segunda-feira (6), que durou mais de dez horas, porém sem acordo.
Os militares ainda acampam na Assembleia Legislativa. Na terça,  após dois dias no escuro, a energia elétrica foi restabelecida na sede do órgão, que fica em Salvador.

O número de mortos no Estado causado pela violência já passou de cem, segundo o boletim divulgado pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado. Os números são contabilizados desde o início da greve da Polícia Militar, no dia 1º de fevereiro. O recorde de homicídios ocorreu no dia 3, quando foram registradas 32 mortes no Estado.

Devido ao clima de segurança na capital baiana, o APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia) orientou os professores das redes estadual e municipal a não iniciarem as aulas. 
 A entidade estima que cerca de 400 mil estudantes estão sendo prejudicados.

Prisão de líder

A Polícia Federal prendeu, na tarde de terça-feira (7), um dos líderes da greve da Polícia Militar, 
o sargento Elias Alves de Santana. A juíza Janete Fadul decretou prisão preventiva.

Segundo o governo do Estado da Bahia, Santana faz parte da lista dos 12 mandados de prisão emitidos pelo Ministério Público Estadual à Justiça.

Os grevistas citados são acusados por formação de quadrilha e roubo de patrimônio público - neste caso, de viaturas. Os policiais também devem passar por um processo administrativo na própria corporação.

De acordo com a assessoria de imprensa do governo, na madrugada de domingo (5), o soldado Alvin dos Santos Silva, que integra a Coppa (Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental),           foi preso pelo comandante do departamento, major Nilton Machado, e levado para a Polícia do Exército.  

 Fonte: R7.com

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